Wednesday, October 2, 2013

O papel do professor na educação em Moçambique

Introdução

Nesta sessão, proponho-me a reflectir sobre «o papel do professor na educação em Moçambique». A minha abordagem enquadra-se no sistema educativo, e tem em conta a contribuição dos agentes da educação como a família, a escola e a sociedade em geral, nos desafios actuais da sociedade moçambicana, como por exemplo o combate à pobreza. Esta opção deve-se ao facto de a actividade do professor ser regulada pela sociedade e reflectir as actividades que o homem realiza, seus desejos, seu comportamento e atitudes. Deve-se também ao facto de o discurso sobre o professor merecer a devida contextualização, porque o discurso cria, produz uma noção particular sobre o currículo, que é usado na escola para a educação/formação dos homens.
De acordo com Ribeiro (1990), «o sistema educativo caracteriza-se como conjunto organizado de estruturas, meios e acções diversificadas através do qual se realiza o processo permanente de formação a que têm direito os membros da comunidade que adopta esse sistema educativo, visando o desenvolvimento pessoal, o progresso social e a inserção numa cultura».
Tendo em conta este conceito, e considerando que a escola é o lugar tradicional do trabalho do professor, posso afirmar que a reflexão sobre o papel deste, na educação, passa por observar o plano curricular que ele usa, pois os sistemas educativos reflectem geralmente, a determinação política, económica e social de quem o elaborou. É impossível o professor exercer a sua actividade fora de um sistema educativo.

Friday, April 26, 2013

MINED reconhece que o currículo do ensino primário “embrutece” as crianças



Uma parte significativa de crianças do ensino primário nas escolas públicas moçambicanas não sabe ler, escrever, fazer a cópia, a redacção e tem lacunas no domínio da tabuada, supostamente porque estes aspectos não foram acautelados no actual currículo e os professores não têm conhecimentos sólidos das metodologias desenhadas para este nível. Quem assim o diz é o porta-voz do Ministério da Educação, Eurico Banze, que, para além de reconhecer que este problema é preocupante, afirma que enquanto persistir a existência de turmas numerosas, dificilmente os petizes poderão ultrapassar o défice de conhecimento. Enquanto isso, Felizardo Semente, do Departamento de Comunicação e Imagem da Organização Nacional de Professores (ONP), considera que o responsável por este aparente fiasco é o sistema todo que apresenta lacunas, desde o ano de 1983, e não apenas os pedagogos.

Para além do sentimento generalizado dos pais e encarregados de educação e de outros entendidos na matéria, sobre a deficiente qualidade do ensino e aprendizagem nos alunos das classes iniciais, o interlocutor do @Verdade indicou que as actuais condições em que os docentes leccionam também não permitem que haja o devido acompanhamento da progressão dos educandos durante as aulas. Para além dista situação, o actual modelo de formação de professores está desajustado dos actuais problemas e desafios da Educação.